PMDB suspende o prefeito e abre caminho para expulsão
Valmar Hupsel Filho l A TARDE
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P.A InDoOr
Crédito: Lúcio Távora/Agência A TARDE
João Henrique
A situação do prefeito João Henrique dentro do PMDB tornou-se insustentável e sua saída da legenda é tida como certa. Só não se sabe qual processo será o mais rápido, se sua desfiliação ou expulsão. Na segunda-feira, 17, a Comissão de Ética do partido aprovou o pedido de suspensão de sua filiação por medida cautelar, e vai analisar nos próximos 90 dias sua expulsão da legenda. Por outro lado, o próprio João Henrique anunciou que entra nesta terça, 18, com um pedido de autorização no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para deixar o partido.
Em qualquer um dos casos, o PMDB irá reivindicar na Justiça o mandato do prefeito, informou o presidente estadual, Lúcio Vieira Lima. “Caso o processo de expulsão dure mais de 90 dias, a suspensão será renovada e ele continuará suspenso”, resumiu Lima.
O cacique da legenda, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, definiu como “insustentável” a situação de João Henrique no PMDB. “Ele buscou o isolamento político. Ninguém tem confiança na capacidade de gestão do prefeito, que transformou a Prefeitura de Salvador em um gueto pessoal”, disse.
Foram as “declarações ofensivas por parte de membros da direção estadual do PMDB” que motivaram a decisão do prefeito de ingressar no TRE com o pedido de autorização para deixar o partido, de acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa do prefeito na noite de segunda.
“A solicitação atende ao trâmite legal da Justiça Eleitoral e se baseia no fato de que a direção estadual do PMDB tornou inviável a permanência dele nos quadros do partido, já que as críticas feitas nos últimos dias pelo presidente Lúcio Vieira Lima e pelo deputado Geddel Vieira Lima apresentaram caráter nitidamente pessoal e ofensivo”, diz o texto.
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