EXCLUSIVO:DILMA REPUDIA HOLOCAUSTO
“Meu governo não irá compactuar com nenhuma forma de violação dos direitos humanos em qualquer país,” afirmou Dilma Roussef, em Porto Alegre
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Crédito: Edu Andrade
Jarbas Milititsky, Claudio Lottenberg e Dilma RoussefPresidenta participou da solenidade pelo Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto, na capital gaúcha, na quinta-feira, 27 de janeiro
No primeiro ato oficial em Porto Alegre, a presidentaDilma Roussef reafirmou em frente aos sobreviventes do maior massacre da história da humanidade, o Holocausto, a sua posição pela democracia e repúdio a todas as formas de violação dos direitos humanos. Na solenidade que reuniu autoridades e lideranças políticas de todo o País, como a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o governador da Bahia, Jaques Wagner, o presidente da Confederação Israelita do Brasil, Claudio Lottenberg, o presidente do CongressoJudaicoLatino-Americano, Jack Terpins, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro,o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, e presidente da Federação Israelita do RS, Jarbas Milititsky, Dilma garantiu que seu governo será incansável defensor da igualdade e dos direitos humanos. "Nosso dever não é compactuar com nenhuma forma de violação dos direitos humanos em qualquer país, especial o Brasil."
A posição firme da atual presidenta foi reafirmada pelo presidente da Conib, Claudio Lottenberg, que observou "a firme visão de estado estruturado para enfrentar desafios não só compensatoriamente, mas corrigindo defeitos em suas bases." Lottenberg destacou ainda que a preocupação de Dilma com os direitos humanos universais, com as vítimas de perseguições, com a liberdade de orientação sexual, com os direitos da mulher ou ainda o dieito de professar sua fé sensibiliza a todos.
Tarso Genro também reforçou que o Rio Grande do Sul terá um governo orientado pelos princípios da intolerância a violência. Ele também disse que a comunidade judaica terá uma atenção "especialíssima do governo."
O presidente da FIRS, Jarbas Milititsky, ressaltou que o mundo assistiu aos horrores do Holocausto calado. Hoje, a comunidade judaica no mundo faz questão de lembrar o Holocausto para que ele não se repita. "Não vamos mais nos calar." O prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti, lembrou que a capital gaúcha é a primeira no País a incluir o ensino do Holocausto nas escolas municipais.
A homenagem, instituída há seis anos pela Assembléia Geral das Nações Unidas, marca o dia em que tropas soviéticas libertaram o campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, em 1945. A ONU, em resolução apoiada pelo Brasil, pede aos países-membros que elaborem programas de educação sobre o Holocausto e "condena sem reservas todas as manifestações de intolerância religiosa, de incentivo ao ódio, de perseguição ou de violência contra pessoas ou comunidades por causas étnicas ou religiosas e rejeita qualquer negação do Holocausto como fato histórico".
A Conib realiza uma alternância entre cidades brasileiras para receber a cerimônia, que em anos anteriores ocorreu em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
A Conib é o órgão de representação da comunidade judaica brasileira, composta por cerca de 120 mil pessoas. É uma entidade de caráter apartidário, atuando com base em princípios como paz, democracia, combate à intolerância e ao terrorismo, justiça social e diálogo inter-religioso. A Conib representa os mais diferentes setores da comunidade, independentemente de sua vertente religiosa ou política. Seu presidente é Claudio Lottenberg, médico doutor pela Escola Paulista de Medicina. Ele é também presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.
A Firs é a representante oficial da comunidade judaica gaúcha e congrega 42 organizações e entidades beneficentes. Tem como principais objetivos fortalecer valores e tradições judaicas, além de promover a participação ativa da comunidade judaica na vida nacional. Seu presidente é o Dr. Jarbas Milititsky.
