Política

Bolsa Família pode ser gerido por baiano

P.A InDoOr

A Bahia permanece no centro das especulações para indicações de nomes na equipe da presidente eleita Dilma Rousseff (PT). Dessa vez, a chance é de que o governador Jaques Wagner (PT) consiga emplacar um aliado no Ministério do Desenvolvimento Social, pasta que administra os principais programas sociais do governo federal, entre eles, aquele que é considerado o “carro chefe” e ajudou na eleição da ex-ministra: o Programa Bolsa Família.

O gestor petista estaria na briga por outras pastas, como a Integração Nacional, atualmente comandada pelo PMDB. No entanto, na luta pela indicação de nomes estaria enfrentando concorrentes como os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e Marcelo Déda (PT), de Sergipe.

Na quinta-feira 2, Wagner manteve uma agenda de encontros em Brasília. O mais importante teria sido com Déda e Campos, afim de discutirem justamente o pleito pela Integração Nacional. O objetivo em comum dos gestores é retirar a pasta das mãos dos peemedebistas, antes administrada pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima. Ele deixou o cargo para se candidatar ao governo baiano, mas acabou derrotado pelo PT.

“Não resta dúvida que todo mundo se sente mais confortável quando se tem um ministro com acesso mais direto”, ressaltou Wagner ao final da reunião. Em seguida, se referindo ainda à Integração Nacional, disse: “Eu estou muito à vontade porque no meu caso meu ‘personograma’ anterior não me ajudou em nada. Ao contrário”, disse Wagner, ao final do encontro, numa clara alusão a Geddel.

Entre os nomes baianos cogitados para a pasta surgiu ontem o do deputado federal Zézeu Ribeiro (PT).  Especula-se que ele teria sido várias vezes citado em uma reunião sobre o assunto, realizada pelos deputados em Brasília.

Nos bastidores, consta que a briga dos governadores nordestinos estaria centrada ainda no Ministério do Desenvolvimento Agrário. Porém, o nome mais cotado estaria no Piauí, com o ex-governador do Piauí e senador eleito Welington Dias (PT). 

Corre por fora ainda a busca pelo Ministério do Turismo. O certo é que os governadores consideram esses ministérios “estratégicos” e “a cara do Nordeste”. Segundo a assessoria do governador, ainda não há nada confirmado sobre indicação de nomes baianos para ajudar na composição da equipe da presidente Dilma.