segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Política

Governadores do NE se unem por cargos

P.A InDoOr
Em um contraponto ao apetite do PMDB e ao excesso de paulistas nomeados pelo próprio PT, três governadores do PT e do PSB do Nordeste reuniram-se quinta-feira 2, em Brasília, para definir a cota de poder que atende à região e acertar uma “administração compartilhada” que beneficie igualmente os seis Estados (PE, PI, PB, CE, BA e SE) comandados pelas duas legendas.
Eles querem três ministérios – Integração Nacional, Desenvolvimento Agrário (MDA) e Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) – além de quatro estatais. Uma quarta pasta, o Turismo, seria destinada ao senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).
“Não vou entrar na briga do ‘nordestério’ contra o ‘paulistério’, seria preconceito de um lado e do outro”, argumentou o governador da Bahia, Jaques Wagner, engajado, sim, na nomeação de ministros do PT do Nordeste. “O MDS tem a cara do Nordeste, a Integração tem a cara do Nordeste, o MDA tem a cara do Nordeste”, emendou.
“Em vez de brigar de facão por cargos, nós discutimos quais são os órgãos que detêm as ferramentas de políticas públicas onde o Nordeste deve estar representado. A partir daí, a presidente Dilma Rousseff é quem vai dizer que perfil deseja para comandá-los, de forma a atender a todos nós”, resumiu o anfitrião do encontro reservado e governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT). Os governadores querem partilhar diretorias de estatais importantes para a região, como o Banco Nacional do Nordeste.
“Construímos um fórum de unificação das nossas forças no Nordeste e foi com esta unidade que saímos da eleição com a vitória expressiva da presidente Dilma”, afirmou o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos.
O PSB quer emplacar o ex-prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho, no Ministério da Integração Nacional. Coelho abriu mão de ser candidato ao Senado e apoiou o petista recém-eleito Humberto Costa, com a promessa de Campos de que seria recompensado com um “cargo importante em Brasília”.
 
A ideia do grupo é que os “instrumentos de governança da máquina federal no Nordeste”, como a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Denocs), obedeçam a um comando que favoreça todos os Estados e não estabeleça paralelismos com ações dos governos locais. Ainda não há sinalização da presidente eleita, Dilma Rousseff, se a Bahia será contemplada por algum ministério de peso.

Ministros são confirmados

A assessoria da presidente eleita, Dilma Rousseff, oficializou na tarde de sexta-feira os nomes de Antonio Palocci, Gilberto Carvalho e José Eduardo Cardozo para o novo governo. “A presidenta eleita da República, Dilma Rousseff, convidou o deputado Antonio Palocci para ocupar a chefia da Casa Civil do futuro governo e o atual chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, para ser o titular da secretaria geral da Presidência. ]
O deputado José Eduardo Cardozo, também convidado, assumirá o Ministério da Justiça. A presidenta eleita orientou os futuros ministros a trabalharem de forma integrada com os demais setores do governo para dar cumprimento ao seu programa de desenvolvimento, com distribuição de renda e garantia da estabilidade econômica”, diz nota da assessoria.
 
Com isso, são seis ministros já confirmados pela petista. Do núcleo palaciano, ainda não estão totalmente fechados os futuros titulares das pastas de Relações Institucionais e da Comunicação.
Há expectativa para oficializar a jornalista Helena Chagas, chefe da equipe de imprensa do governo de transição, como ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social, no lugar de Franklin Martins. Helena não respondeu se aceita assumir o posto. Questionada na sexta à tarde sobre o convite, Helena sorriu e desconversou.
Já o atual ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) pode tanto continuar no posto como ser deslocado para o Ministério da Saúde, caso Dilma não feche outro nome para a pasta. A petista chegou a cogitar deixar confirmações de novos ministros para esta semana, mas voltou atrás.
Dilma já definiu ainda o espaço do PMDB no governo. Serão quatro ministérios. Dois na cota dos deputados peemedebistas e dois na dos senadores.

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