quinta-feira, 26 de maio de 2011


Jean Wyllys pede que comunidade gay não vote em Dilma

Deputado federal cobra presidente sobre defesa dos direitos humanos. Dilma suspendeu a distribuição de kit anti-homofobia nas escolas
P.A InDoOr


Crédito: Divulgação

No Twitter, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) sugeriu que as lésbicas, gays, bissexuais e transexuais não votem mais na presidente Dilma Rousseff. Durante todo o dia, o deputado fez citações no micro blog em protesto a decisão do governo que suspende o kit anti-homofobia que seria distribuído nas escolas.
O deputado escreveu que "os representantes do fundamentalismo religioso no Congresso decidiram apresentar, à presidenta, a conta do apoio dado na última eleição. O preço por terem "barrado" a campanha subterrânea de difamação à então candidata é a suspensão do Escola Sem Homofobia. E Dilma pagou! Pergunta à presidenta: cadê a 'defesa intransigente dos Direitos Humanos' que a senhora prometeu quando levou sua mensagem ao Congresso?"
Em outro post, Wyllys afirma: "A presidenta é inteligente e sabe que os assassinatos brutais de homossexuais, que chegam amais de 200 por ano, estão diretamente ligados aos discursos de ódio".
"A comunidade LGBT e pessoas de bom senso esperavam da presidenta, um pouco mais de sensibilidade a esses dados, além de um mínimo de espírito republicano e vontade de proteger a todos e todas", diz o deputado.
'Sou obrigado a elogiar a Dilma', diz Bolsonaro sobre suspensão de kit
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) elogiou a decisão da presidente Dilma Rousseff de suspender a divulgação do 'kit anti-homofobia' nesta quarta-feira (25). "Veio bastante tarde, mas vou ser obrigado a elogiar a Dilma. Comecei nessa briga desde novembro do ano passado, apanhei muito ao longo disso aí, fui acusado de um monte de coisa, racista, homofóbico, mas chegaram à conclusão de que eu tô certo. [...] A Dilma deu um passo atrás porque 90% da população está contra essa proposta.", disse o deputado à reportagem, por telefone.

O kit, que incluía três vídeos e um guia de orientação aos professores, e já havia sido aprovado pela Unesco, estava sendo elaborado pelo Ministério da Educação para distribuição nas escolas. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse, após reunião com bancadas religiosas, que "o governo entendeu que seria prudente não editar esse material que está sendo preparado no MEC."
"Esse material dito didático para combater a homofobia na verdade estimula o homossexualismo. E o público-alvo não pode ser primeiro-grau, garotada de 6, 7 anos de idade. Imagina essa garotada vendo os filmes, ia ter menino chegando em casa, o Pedrinho chegando em casa: 'Papai, to namorando o Joãozinho' e o pai: 'o que é isso?' 'não, eu vi num filme que diz que menino que namora menino tem 50% mais de chance de ser feliz do que menino que namora menina'. Fica difícil você aceitar um material dessa natureza.", disse o deputado. Bolsonaro já havia mandado distribuir panlfetos "antigays" nas ruas do Rio de Janeiro.

"Esse material todo foi confeccionado por grupos LGBT. Você acha que grupos LGBT vão querer acabar com o homossexualismo nas escolas ou vão querer ter mais gente no time deles? [...] Qual pai tem orgulho de ter um filho gay? É um demagogo, quem já tem que vai dizer que tem. Comigo, no começo, como já falei, moleque que vem com comportamento delicado dava-lhe uma porrada logo no começo pra mudar o caminho dele e acabou, é a minha maneira de ser. Se não gostar que se exploda." As informações são do G1.

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