sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Política


Governo Dilma terá problemas se desprezar movimento sindical

UGT vai insistir em participar das negociações das centrais com o Poder Executivo e com o Congresso Nacional
Por Ricardo Patah, presidente nacional da UGT
Imprensa UGT mailing@mdm.com.br



Combinando o discurso da presidente Dilma Rousseff com algumas interpretações divulgadas na imprensa, inclusive pela analista política Lucia Hipólito, da CBN, surge a preocupação do movimento sindical com o estilo de negociação que será adotado pela nova presidente, que sinaliza, segundo estes analistas sua opção em negociar apenas com o Congresso Nacional e deixar de fora as centrais sindicais.
O Congresso Nacional continua sendo o foro adequado para se discutir e buscar o consenso em torno das leis, as que afetam a renda do trabalho, inclusive. Mas deixar de fora da discussão os sindicatos e suas centrais, a UGT entre elas, é desprestigiar o movimento sindical brasileiro que foi responsável sim pelas duas eleições de Lula e que teve grande contribuição na eleição de Dilma Rousseff. Amanhã teremos uma reunião com Gilberto Carvalho. Vamos nos apoiar no seu histórico de vida, nas suas vinculações com os movimentos populares e sindicais para tentar entender quais são as estratégias que o governo Dilma está adotando. Mas deixaremos claro que se é para excluir das negociações os trabalhadores e suas centrais sindicais que entenderemos tais atitudes como um sinal de alerta para o movimento sindical e vamos nos mobilizar para resgatar nossa participação nas discussões e encaminhamentos das leis que interessam aos trabalhadores, especialmente as de cunho econômico, como o salário mínimo, a redução da jornada para 40 horas semanais, a assinatura da Convenção 158 da OIT, que regulamenta a demissão arbitrária e a obrigatoriedade da licença maternidade para seis meses.

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