quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

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Já chegou o verão... E hoje é o segundo dia

P.A InDoOr
Crédito: Arquivo PAN

A estação mais esperada do ano por turistas e baianos começou ontem terça-feira (21 de dezembro), às 20h38, no Hemisfério Sul. O verão engloba os meses de janeiro, fevereiro e março, com pico em janeiro, mês considerado de alta temporada de férias no Brasil. Esta época do ano é caracterizada, basicamente, por dias mais longos que as noites com mudanças rápidas nas condições diárias do tempo, levando à ocorrência de chuvas de curta duração e forte intensidade, principalmente no período da tarde. De acordo com o serviço de meteorologia do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá) essa característica do clima ocorre devido às altas temperaturas e o maior teor de vapor na atmosfera, favorecendo uma maior formação de nuvens de chuvas.

Na região Nordeste as chuvas com maior intensidade começam a partir de fevereiro. A depender da qualidade do período chuvoso, esta estação pode ser caracterizada pela ocorrência de verânicos (períodos de estiagem com duração de 7 a 15 dias). Isto se deve a atuação do sistema chamado Vórtices Ciclônicosde Altos Níveis (com maior freqüência de dezembro a janeiro), que dependendo de sua posição sobre a região, podem causar tanto períodos de estiagem, como chuvas significativas. O Vórtice ocorre na alta atmosfera, favorecendo ou inibindo a nebulosidade. Onde estiver o centro dele, a sensação vai ser de abafamento e retenção de umidade na atmosfera. À medida que o centro do Vórtice se afasta para o Oceano Atlântico há uma intensificação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), é o que indica a previsão.

As chuvas deste período também estão associadas à passagem de sistemas frontais associados às (ZCAS) – faixa de nebulosidade que se estende da região Amazônica até parte do Sudeste do Brasil, seguindo para o Oceano Atlântico. A meteorologista Maryfrance Diniz explica como funciona esse sistema que atua na estação mais quente do ano.“As frentes frias que avançam sobre o território baiano ao encontrarem o ar mais aquecido (altas temperaturas), provocam assim, huvas rápidas ao longo do dia e se dissipam com maior rapidez”.       


Chuvas e temperaturas do verão
Devido ao aumento das temperaturas do ar sobre o continente, as chuvas podem vir acompanhadas por trovoadas e rajadas de vento, em particular nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. Os maiores totais acumulados de chuva concentram-se principalmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e extremo sul do Amazonas com valores médios superiores a 600 milímetros.

Entre os meses de janeiro e março, a climatologia de precipitação mostra que as chuvas são freqüentes em praticamente todo o País, variando entre 100 e800 milímetros. Na Região Nordeste as temperaturas máximas variam entre 28ºC e 34ºC e as temperaturas mínimas variam entre 22ºC e 24ºC. Na Bahia, no mês de dezembro, o máximo de precipitação ocorre nas regiões Norte e Nordeste.

No trimestre janeiro-fevereiro-março, ocorre a continuidade do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico Equatorial em sua fase madura, porém com intensidade moderada. A maioria dos modelos mostra que o fenômeno La Niña pode permanecer até o trimestre fevereiro-março-abril de 2011. Segundo o meteorologista Ricardo Rodrigues La Niña favorece chuvas esperadas dentro da média - em torno de 100 milímetros - para a Bahia e complementa: tudo isso depende da temperatura do Atlântico, que neste caso, precisa estar com águas mais aquecidas.

Para o período de janeiro a março de 2011, a maioria dos modelos climáticos indica maior tendência de chuvas variando de normal a acima da média histórica sobre o setor norte do Nordeste (entre 300 e 800 milímetros), com distribuição de probabilidades de: 35% acima, 45% normal e 20% abaixo da média. Para a região leste do Nordeste, a previsão probabilística indica chuvas em torno da média histórica (entre 200 e 300 milímetros). Com relação à temperatura do ar, a previsão é de normalidade sobre toda a região Nordeste (entre 22 e 28°C).

Neste trimestre, em toda a Bahia, espera-se que as maiores probabilidade de chuvas ocorram na categoria normal (em torno de 100 milímetros), com a seguinte distribuição: 30% acima, 40% normal e 30% abaixo da média. No entanto, para uma faixa do extremo norte do Estado (Juazeiro, Sobradinho, Petrolina, Remanso, Casa Nova), há uma tendência de que as chuvas fiquem um pouco acima da média histórica (valores superiores a200 milímetros), com as seguintes probabilidades: 35% acima, 45% normal e 20% abaixo da média.

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